JARS OF CLAY: HISTÓRIA Escrita por Andy Lowell (& Steve Carlson)
Logo após as férias de Natal, os quatro decidiram que gostariam de escrever mais músicas para colocarem em seu repertório ao vivo e satisfazer às exigências de suas aulas de gravação de estúdio, mas acharam que seria apropriado dar um nome a estas colaborações. Charlie lembrou-se de um versículo bíblico que ele havia lido, que falava sobre a fragilidade do homem e sobre a ironia de que este incrível fôlego de vida de Deus havia sido sobrado em nossos frágeis corpos físicos. Esta passagem, que relata as lutas do homem e a prova de nossas vontades e corpos, que por fim nos fornece a força para resistir o sofrimento da vida, incluía a frase "Jars of Clay" (Vasos de Barro). A frase foi escrita pelo Apóstolo Paulo e foi retirada de 2 Coríntios, 4:7. "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós". A banda achou que seria uma boa maneira para manterem-se humildes - Ter o nome da banda que os forçaria a se lembrar continuamente que todas as suas bençãos vêem de Deus, inclusive o Dom de escrever músicas que os seus colegas de escola gostavam. Nisso, em Janeiro de 1994, nasceu a banda Jars of Clay. "Love Song for a Savior", uma música pop repetitiva mas cativante, ficou bastante popular entre os colegas. Na escola, Dan havia lido um livro chamado "Death by Child Abuse" de Ursula Sunshine. O livro detalhava a luta pela sobrevivência de uma garotinha que havia sido abusada e morta por um membro da família. Isto tocou seu coração e a banda quis escrever não sobre os fatos deprimentes pelos quais ela passou, mas sobre a esperança que temos, apesar dos problemas que o mundo tem. Eles escreveram "He" em Março e então a gravaram apenas "por diversão". Depois disso, eles fizeram um pequeno show na Tower Grove Christian School em St. Louis no dia 18 de Março e agendaram um show na Igreja Batista Comunidade da Graça em Trenton, IL para o dia 23 de Março. Além disso, fizeram um show na cidade natal de Steve e dois shows em Six Flags num festival cristão. As aulas continuaram e a banda lutava por um tempo para escreverem juntos. Charlie viu uma matéria na Revista CCM Magazine de um concurso de talentos, o qual ele pensou que seria legal participar - e não tinha nenhuma idéia de que seriam escolhidos para tocarem ao vivo meses depois, em Nashville para gravadoras. Dez bandas finalistas foram escolhidas de todas os Cds demo enviados e a banda Jars of Clay foi escolhida para ser uma delas.
Em 27 de Abril de 1994, Jars of Clay tocou no Gospel Music Association Spotlight Competition no 328 Performance Hall em Nashville, TN. Esta apresentação foi o teste final do concurso de melhor nova banda cristã e o Jars passou no teste e conseguiu o grande prêmio. Eles tocaram "Fade to Grey" e "Like a Child" juntamente com coreografias e com bicos de bebê em suas bocas e foram muito bem recebidos pelas gravadoras que estavam presente. Além disso em Abril, a banda decidiu terminar o CD demo que recebeu o título de Frail. Eles fizeram 1.000 cópias para amigos e membros de família compararem e tiveram uma pequena festa de lançamento na escola. As cópias se esgotaram rápido e em Junho, eles fizeram mais 500 para gravadoras e para aqueles que não conseguiram obter uma cópia na primeira vez.
Eles voltaram para Greenville para finalizar o ano e finalmente tocaram novamente na escola em Maio em um "Midnight Breakfast". Neste evento, eles tocaram "Love Song for a Savior" e "Fade to Grey" para seus colegas de escola e receberam uma resposta surpreendente. Dois shows foram feitos neste mês no Agape Festival em Greenville. Enquanto isso, eles receberam ligações nos telefônes públicos de seus dormitórios de gravadoras à procura da banda e querendo assinar com eles para a gravação de um CD. A banda então decidiu que eles deveriam correr pela avenida da música e se mudaram para Nashville, deixando "parada" a carreira na escola. Matt Bronleewe decidiu continuar na escola naquele momento e ele também estava se casando, portanto decidiu não se mudar para Nashville com a banda. Visto que o som da banda incluía um dueto de violões acústicos, foi necessário encontrar um novo membro para preencher o espaço e o melhor amigo de Charlie da escola decidiu, após muito debate, unir-se à banda e mudar-se para Nashville em Agosto. Matt Odmark esteve na Universidade de Rochester como mestre em Inglês, mas gostava de tocar violão em pequenos cafés. Sua assimilação dentro da banda foi difícil, devido a sua falta de envolvimento na indústria da música, mas em Agosto os membros da banda estavam bastante confortáveis juntos, enquanto viviam em quarteirões próximos, num apartamento pequeno de dois quartos em Antioch, TN. Eles também receberam empregos naquele período, em lugares tipo pizzarias, lojas de shoppings e depósitos de livro, enquanto aguardavam o contrato e ficavam a imaginar se eles realmente um dia poderiam assinar com uma gravadora. Eles promoviam seu CD demo e encontraram-se com muitas gravadoras durante o verão, negociaram os contratos em potencial com um advogado, durante o outono e finalmente no inverno, assinaram com a Essential Records, uma divisão da Brentwood Music (agora coletivamente chamada de Provident Records).
Este foi um passo inesperado para a banda, visto que a Essential era a menor gravadora com quem eles fizeram entrevista, mas sentiram que ela era mais como uma família. Além disso, a Essential possuía poder sólido de apoio da maior gravadora que era a Brentwood Music a qual comprou-a e a Brentwood utilizou um distribuidor secular, Silvertone Records de Zomba/Jive, para atingir uma público maior.
Durante o outono, eles também separaram um tempo para apresentações ocasionais durante sua atarefada agenda de trabalho. Eles fizeram um show em 29 de Setembro, para aproximadamente quarenta pessoas no "Stage Left" (literalmente no lado esquerdo de um palco) na Universidade de Austin Peay em Clarksville, TN. Eles alugaram todo o equipamento necessário para este show e de fato, perderam uma quantia significativa de dinheiro mas gostaram muito da experiência. Eles tocaram 40 minutos de suas novas músicas e 40 minutos de covers do PFR, The Monkees, Third Matinee, New Order, Toad the Wet Sprocket, entre outros. Eles agendaram outros shows ocasionais, um com o Sixpence None the Richer em Rocketown em Outubro e uma outra apresentação acústica no AM/PM coffeehouse, uma apresentação numa escola Católica em St. Louis, um show em Greenville novamente com o Sixpence, e finalmente, no Caffe Milano em Nashville, TN. Durante o inverno e primavera eles gravaram seu álbum de estréia pela Essential e o lançaram em Maio de 1995, seguido de sua primeira turnê oficial, onde abriram shows para PFR e Brent Bourgeois. Uma médica da Essential, que era uma boa amigos deles, era sobrinha do guitarrista e engenhoso compositor Adrian Belew. Ele entregou o CD demo Frail a ele, que ficou muito impressionado. Belew também esteve investigando a fé cristã, portanto ele decidiu produzir algumas canções para o álbum. Sua colaborações anteriores com Laurie Anderson, The Talking Heads, Nine Inch Nails, David Bowie, Frank Zappa e envolvimento durante um longo tempo com King Crimson, sem mencionar diversos álbuns solo, fez dele um dos principais candidatos a produtor. Eles decidiram que ele produziria "Flood" e "Liquid", as canções mais alternativas e auto-produziram as demais músicas do CD por causa da falta de dinheiro. Muitos músicos de estúdio vieram para preencherem os espaços e Ron Huff fez ótimos arranjos de corda para ornamentar as músicas e dar a eles sua qualidade orquestral incomparável. O primeiro single do álbum de estréia lançado em rádios cristãs foi "Flood" que ficou como o no. 1 por um longo tempo. A banda recebeu elogios da alta crítica em diversas revistas Cristãs e outras fontes, devidos às harmonias exclusivas e instrumentação no CD e também por sua honestidade extrema e letras relacionais, que discutiam situações reais da vida e fé em Deus, que nos coloca em difíceis desafios.
Enquanto isso, as rádios seculares, de alguma forma, perceberam a popularidade da música e algumas começaram a tocá-la. Foi então que a Essential Records decidiu usar o selo coligado Silvertone, para promover o álbum e enviou CDs singles para as diversas rádios.
Muitas das estações de rádio amaram o single e começaram a tocar regularmente, porque após ter sido tocada, os telefones tocavam constantemente com ouvintes curiosos, perguntando de quem era a música. Jars of Clay havia tocado então em alguns festivais no verão de 1995 e decidiram assinar novamente para abrirem shows do PFR e Brent Bourgeois. Depois desta turnê, souberam que haviam sido convidados para abrir os shows do Michael W. Smith em sua turnê nacional, no começo de 1996 e aceitaram o convite com muita gratidão. Um show no The Foundry em Nashville foi feito para arrecadar dinheiro para o Instituto contra Abuso Infantil de Middle Tennessee e o CD especial de natal Drummer Boy foi lançado para levantar fundos também para esta instituição. A lista de convidados especiais para este show incluía Phil Keaggy e Cindy Morgan.
1996 foi o ano de intenso sucesso para a banda. "Flood" chegou à posição #1 em diversas rádios seculares, devido a sua popularidade no noroeste dos EUA, onde muitas bandas alternativas eram populares e o álbum permaneceu no top 60 por quase o ano todo, também permaneceu no Top 200 da Billboard por um período completo de 52 semanas. O CD virou disco de ouro e rapidamente atingiu o status de disco de platina. O álbum de estréia vendeu até então, aproximadamente 2.000.000 de cópias.
Os shows do Michael W. Smith tiveram muito sucesso e a banda promoveu o CD em peso ao tocar e dar entrevistas em muitas apresentações internas e em shows de rádios seculares. Eles continuaram a fazer turnês por conta própria no verão de 1996 e decidiram levar a música ao circuito onde ouvintes seculares pudessem sentir-se confortáveis, vendo a banda onde eles vêem suas outras bandas favoritas. Isto tornou-se um ministério intenso, mas também trouxe consigo muito sarcasmo e decepção ao público cristão que às vezes, os acusavam de estarem se tornado uma banda secular, apesar de que nada em suas letras, música ou quanto a suas vidas espirituais houvesse mudado. Seus objetivos mudaram gradativamente ao perceberam que poderiam ministrar para um público onde não parecia alcançar mais ninguém.
A banda programou uma turnê inicial bastante profissional em teatros como The Roxy and House of Blues para o outono de 1996. Eles compararam seu próprio equipamento de som e luzes e tiveram com eles Roddy Chiong, um violonista, na turnê, para abrir os shows com uma apresentação de violino clássico e usando cenários como cortinas dobradas, tapetes orientais e castiçais. A banda The Samples abriu os shows nas primeiras semanas e logo foram retirados da turnê, por uma incompatibilidade com o Jars e bem como com seu público. The Gufs foi uma banda de abertura legal para os shows e muitas outras bandas abriram os shows do Jars durante aquele tempo também, incluindo Sarah Masen, Duncan Sheik, Matchbox 20 e Sarah Jahn.
No final de 1996, a banda estava desgastada por causa da turnê e precisavam de material novo para seu próximo trabalho, então começaram a escrever novas músicas para usarem em um novo CD. Eles entrevistaram muitos produtores e decidiram-se por Steve Lipson, que havia produzido para Simple Minds, Prefab Sprout, Annie Lennox e muitos outros. Lipson veio e ajudou a desenvolver o CD nos estúdios Xanadu, fora de Nashville. Depois deste período, eles continuaram a fazer turnês esporadicamente e fizeram viagens ocasionais a Londres, onde Lipson reside, para mixarem o CD em seu estúdio. Este CD foi feito numa parte meio que triste da Inglaterra, quando os caras estavam longe de suas esposas - vindo portanto daí os sons e temas ocasionalmente obscuros. Apesar de que a banda estava muito feliz com o CD, Much Afraid não vendeu tantas cópias quanto o primeiro CD (apesar de também ter alcançado disco de platina). Se bem que ele era demasiadamente perfeito com uma super-produção para os ouvidos da maioria dos ouvintes de pop de rádio. De fato, ele teve a quantidade normal de hits em rádios cristãs e Five Candles & Crazy Times podiam ser ouvidas ocasionalmente em rádios seculares também. A banda também realizou diversos trabalhos com empresas cinematográficas durante este período e foram convidados a participar da trilha de vários filmes. Entre elas: Hard Rain ("Flood"), Liar Liar ("Five Candles"), Long Kiss Goodnight ("The Chair"), Jack Frost ("Five Candles"), e Prince of Egypt ("Everything in Between"). A era do Much Afraid também trouxe para os caras um Grammy Award por melhor álbum Gospel do ano e eles tiveram o privilégio de tocar Fade to Grey com uma orquestra no Dove Awards de 98. Além disso, eles fizeram mais algumas turnês principais: "The Bubblemaker's Dream Tour" (Outono de 97/Primavera de 98) e a turnê "Tour 101: Back to Basics" (Outono de 98/Primavera de 99). Eles agendaram também um show especial no Ryman Auditorium em Nashville com a Nashville String Machine, onde gravaram um CD duplo especial para o fã-clube chamado Stringtown. Isto fez com eles lançassem um fã-clube internacional que tem tido grande sucesso desde então.
Os eventos pessoais mais importantes daquela época foram os casamentos de todos os membros da banda. Stephen Mason também entrou na nova fase de sua vida como pai. Viagens internacionais também se tornaram parte regular do trabalho. Jars fez turnês na Austrália e em Cingapura para promoverem Much Afraid e também abriram uma cruzada de Franklin Graham em Aberdeen, Escócia, e alguns dias em Londres incluindo o Shepherd's Bush Empire.
Isto nos traz até 1999, quando a banda escreveu talvez seu mais emocionante álbum até o momento: If I Left the Zoo. Salvas as turnês, o processo de composição para o novo CD e seus casamentos, o Jars teve ainda uma minúscula quantia de tempo livre para ajudar outros artistas. A maioria deles apareceu na canção feita com Jonathan Noel, "Hand" e o Charlie tocou alguns acordes em programas de TV com o Sixpence None the Richer.
Joe Porter foi recebido como novo baterista para substituir Scott Savage, que prossegui na carreira como baterista de Jaci Velasquez, devido a diferenças musicais com o resto da banda. Eles continuam grandes amigos e Scott inclusive substituiu Joe em algumas ocasiões.
If I Left the Zoo é um novo projeto super empolgante gravado com o produtor Dennis Herring (Counting Crows, Innocence Mission, Cracker) em Oxford, MS. O título refere-se ao mundo como um zoológico e o álbum, como a maioria dos trabalhos do Jars, é cheio de metáforas e figuras líricas. O título refere-se ao que potencialmente poderia ser alcançado se deixássemos nossas atuais áreas de conforto. Escrito a partir de um ponto de vista tal ao qual todos podem estar relacionados, possui poucos jargões sobre fé, ainda que as letras sejam baseadas em fortes princípios de fé e fazem referências às Escrituras, à Pessoa de Cristo e à Graça que nos foi dada. A HISTÓRIA CONTINUA ... Biografia "Interactive" Em sua Segunda carta aos Coríntios, o Apóstolo Paulo escreveu: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós". 2000 mil anos depois, Steve Mason vê o propósito de sua banda em muito da mesma maneira. "O vaso de barro é uma ilustração de algo que se quebra tão facilmente, que de forma alguma você colocaria um tesouro valioso dentro dele, de fato Deus faz desta forma" diz ele, "este verso ilustra em cheio o que queremos comunicar".
Tirando o seu nome e sua missão de II Coríntios 4:7, o Jars of Clay, em seu álbum de estréia auto-entitulado, coloca uma mensagem tão velha quanto a própria Palavra, em suas músicas que estão num contexto fulminante de rock moderno.
O som do Jars of Clay é construído na voz do vocal principal Dan Haseltine, depositada sobre uma interação de violões acústicos rítmicos e viajantes de Steve Mason e Matt Odmark, coloridos com os teclados de Charlie Lowell, freqüentemente etéreos. Com influências que variam desde Beatles e Jimi Hendrix, ao valente cristão Rich Mullins e os roqueiros modernos alternativos Toad the Wet Sprocket e Depeche Mode, o Jars of Clay desenvolveu um som que aliás, é próprio deles mesmos.
"Gostaria de pensar que aquilo que estamos fazendo aqui é exclusivo" diz Steve. "Fico frustrado com obras sendo apenas 'o equivalente cristão' de um outro alguém, pois penso que se é de Deus, pode ser melhor que qualquer coisa que o mundo possa oferecer".
Fim.
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Trajetória do Jars of Clay: Mais Honestos? Impossível.
O Jars of Clay foi formado no final de 1993 e em pouco mais de um ano, tornaram-se um dos acontecimentos mais procurados na música cristã, quando ganharam o Gospel Music Association Spotlight Award em 1994, recebendo mais de 200 feitos como a melhor banda ainda sem um contrato que havia no momento.
Charlie e Dan se encontraram em 1992 no colégio de Greenville em Illinois. Ambos viviam no mesmo andar do dormitório e estavam se formando na programa de música contemporânea da escola. Quando descobriram que tinham o mesmo gosto musical, eles começaram a trabalhar num projeto de gravação de um demo juntos, no estúdio de Greenville.
No ano seguinte, o baixista Steve Mason, que era um jovem novato, uniu-se aos dois e ao amigo guitarrista do Charlie, colega de quarto, para formarem uma banda legítima. "As pessoas pareciam realmente gostar e querer saber mais sobre o que estávamos fazendo", disse Charlie "e nós estávamos nos divertindo, portanto fizemos um CD demo, apenas pra ver se ele daria certo. Foi algo mais por diversão. Não pretendíamos ir a Nashville e tentar conseguir uma negociação sobre uma gravação."
Matt Odmark, um amigo de infância de Charlie, juntou-se à banda, após a partida do violonista original e as coisas começaram a deslanchar mais rápido do que a banda jamais houvera sonhado.
"Após termos terminado três de nossas músicas, nós as entregamos ao GMA Spotlight Song Contest, em 1994 e decidimos tentar terminar material para um cd inteiro." lembra-se Charlie. "Nós passamos todos os nossos fins de semana e nossas férias no estúdio. As pessoas começaram a olhar pra nós como uma banda de verdade."
"O fato de termos vencido no GMA realmente foi o começo de tudo. Não esperávamos nada, portanto nem mesmo tivemos o trabalho de enviar os demos à alguém até então. Após termos vencido, as pessoas começaram a receber um retorno muito positivo. Começamos a enviar nosso Cd para a indústria e receber uma boa resposta, daí começamos a considerar nossa mudança para Nashville para levarmos isso de forma mais séria."
Seria mais exato dizer que as gravadoras começaram a bater na porta da banda. "Estávamos recebendo ligações no telefônico público de nosso dormitório." Diz Charlie, "Nem mesmo sabíamos como alguns deles conseguiram nosso telefone. Finalmente colocamos um aviso no telefone que dizia "Se alguém ligar com relação ao Jars of Clay, anote o telefone deles e diga a eles "tal" ... mas não digam a eles "tal". A escola terminou três semanas mais tarde e viemos para Nashville e começamos a nos encontrar com as pessoas."
O Jars of Clay assinou com a Essential/Brentwood Music e rapidamente foram trabalhar em seu CD, produzido em parte por Adrian Belew, cuja gravação da faixa inclui um pouco dos gigantes do rock progressivo David Bowie e King Crismson, além de diversos projetos solo de outros grandes nomes. Apesar de todos os quatro terem sentido o chamado para carreira musical e ministério por grande parte de suas vidas, o entusiasmo com o qual eles foram recebidos, assim mesmo faziam com que suas cabeças girassem. De fato, o Jars of Clay soube como manter os seus pés no chão.
"Acho que somos mais humildes do que egotistas," diz Charlie "Vendo a resposta das pessoas na indústria e outros músicos que vimos que têm comentado sobre nossa música, nos sentimos honrados, não merecedores e muito abençoados. Algo que estamos tentando estabelecer como uma banda, é um ministério que é um estilo de vida, que vai além da música e o que fazemos como uma banda e mais que qualquer outra coisa, tentamos fazer as pessoas verem que não somos mais do que pessoas normais, que têm fé em Cristo, mas que não são nem um pouco diferentes delas."
"Eu não acho que Deus dê dom de fama ," comenta Matt. "Acho que se estamos na posição onde a atenção será voltada pra nós, haverá um meio desta atenção ser focalizada em Cristo."
Todos os membros do Jars of Clay colaboram com as músicas do CD. Escolher destaques de um CD tão uniformemente inspirado como o Cd Jars of Clay é algo difícil de se fazer. Mas assim mesmo, num todo existe uma maneira de identificá-los.
"Worlds apart fala sobre realmente derrubarmos as paredes que colocamos em volta de nós de orgulho e egoísmo e nos tornarmos vulneráveis como humanos e sobre levantarmos isso em oferecimento a Deus." diz Charlie, "ela possui um certo sentimento sobre isso que é muito forte e que complementa a letra."