Tuesday, June 28, 2011

Overjoyed (revisited)


Confesso que achei que seria uma boa idéia usar este painel com os nomes de Deus, por ter o meu nome ali embaixo "Messiah" e porque é bom saber os nomes de Deus também. Alguns são muito bonitos, outros bem bíblicos, outros que não entendo, mas todos revelam alguma característica dEle. "Messias" significa "Ungido/ Capacitado", é bom ser relembrado disso às vezes. "Juca" não sei o significado, mas é meu apelido ... talvez signifique que eu sou um vômito, mas isso é subjetivo também. Chega de minha abertura e vamos ler o texto sobre Overjoyed, que é MARAVILHOSO.



"Nomes são importantes. Não sei quando foi a primeira vez que li sobre isso, ou como se tornou um foco para o processo de composição dessa música. Eu acho que teve muito a ver com o estado em que eu me encontrava, durante a temporada em que escrevíamos as músicas do Much Afraid.


As pessoas passam toda uma vida enterradas sob o peso de seus nomes. Em várias tradições culturais, as pessoas são batizadas de acordo com aquilo a que deverão aspirar ser, ou daquele de quem serão um reflexo. Um grande homem poderia carregar seu nome por gerações e seus descendentes homônimos ficariam presos às expectativas que ele evocasse.


Há pessoas que podem falar muito a respeito de outras, apenas pela forma como elas assinam. Por exemplo, uma assinatura que mantém seu primeiro nome intacto e abrevia os sobrenomes, indicaria menos apego à família, ou que a identidade individual dessa pessoa é mais vital do que a comunidade em que vive.


Nomes contam muito. Deus deu nomes às pessoas que representavam características de Seu relacionamento com aquela pessoa. Fazendo uma pesquisa sobre nomes, obviamente a tendência foi procurar por meu próprio nome.


Daniel. Eu fiquei bastante intimidado pela ideia de que meu nome tinha um significado. Aprendi que o significado de meu nome era “Julgado por Deus”. Acredito que, fora do contexto, qualquer um se sentiria sufocado com esse significado, mas é a revelação que acompanha o nome que de fato se tornou o catalisador para “Overjoyed”.


Dependendo da visão de Deus que se tem, o nome Daniel seria problemático, ou incrivelmente vivificador.


Em uma conversa com um amigo, comecei a falar de nomes e significados. Ele disse que meu nome era um alívio. “Deve ser um alívio saber que você não nunca terá que passar pelo julgamento das pessoas. Sua identidade, valor e retidão vêm inteiramente de Deus. Ele te libertou e te lembra que somente ele pode lidar com suas falhas e desobediências”, disse ele.


Aquilo pareceu ser o bastante a respeito do que cantar. Naquela época de grande depressão, quando tudo que não é verdade sobre uma pessoa de alguma forma passa a parecer mais verdadeiro, ser lembrado de que somente Deus será meu juiz e que Ele somente vai lidar justamente com minhas ofensas, pode ter sido a diferença entre os fragmentos de luz e trevas aparentemente infinitas.


A outra parte que é difícil é o ato de acreditar que Deus é um juiz justo e um Deus de amor que age segundo caminhos que nem sequer podemos imaginar e que aquilo será melhor para nós. Essa parte é dura.


Há desespero na letra dessa música. Como já havia falado antes, às vezes cantamos sobre algo que é verdade porque acreditamos, outras vezes falamos do que é verdade de forma a sermos convencidos de que aquilo é verdade.


Essa foi a primeira música que as pessoas ouviram quando pegaram sua cópia de um cd batizado e atrelado ao peso de algo que aconteceu antes de seu lançamento. Jars of Clay tinha expectativas com ela. Essa foi a primeira música que as pessoas ouviram e a primeira a causar nelas uma reação, após ouvirem. Foi o momento que todos sabiam que o Jars não iria repetir o que fora gravado anteriormente.


Foram três anos entre a gravação do primeiro cd e "Much Afraid". Muitas coisas acontecem em três anos. Convidamos nossos amigos Mark Hudson, que trabalhou com Aerosmith e Bon Jovi. Convidamos Greg Wells, que estava à frente da banda K.D. Lang. Steve quis usar uma guitarra, por isso briguei com ele. Meu argumento foi que o som acústico de violões era a marca do "Jars of Clay". Colocar uma guitarra normalizaria o que fazíamos e faria com que soássemos como qualquer outra banda. Mesmo assim, o fato incontestável sobre o Jars é que somos o "Jars of Clay", não importa o instrumento que toquemos.


Jars é uma banda ímpar por muitos motivos. Apenas precisávamos encontrar essas razões. O produtor Stephen Lipson soube lidar bem com o conflito. Obviamente, isso foi resolvido.


A música foi bastante influenciada pelos Beatles e uma banda chamada Dodgy, que todos ouvimos muito em Londres, enquanto gravávamos o cd. Eles não continuaram, no entanto. O Oasis roubou a cena. Se conseguir encontrar, ouça a música "If You're Thinking Of Me". Uma brilhante melodia, ótima letra e uma grande influência para nós.


(...)

Turnê do Jars no Brasil, 2011, leia aqui.

Saturday, June 18, 2011

Jars of Clay em Turnê Brasileira

Postagem revisada em 02 de Setembro.

22 Set ... Belo Horizonte, MG
23 Set ... Goiânia, GO (info aqui) ... a partir de R$15 o ingresso
24 Set ... Recife, PE (info aqui) ... ingressos avulsos a R$30.00 (limite de 300)

A notícia já está por todo lado! Demorou, mas confirmaram os 3 shows. Não é novidade para ninguém que eu sou apaixonado com o trabalho do Jars of Clay e que estou muito feliz por saber que eles virão ao Brasil e poderei revê-los, em meu próprio país.

Recife já estava confirmado, dentro da Conferência Oxigênio 2011, São Paulo também estava nos planos, junto com Belo Horizonte, mas São Paulo foi cancelado. Como eu disse, eu não ficaria surpreso se as cidades sofressem alguma mudança, mas enquanto isso não acontece, sugiro que façam uma divulgação massiva pela internet, redes sociais, colégios, igrejas, casas de eventos, estações de rádio e TV etc.

Tenho certeza que todos que se identificam com o trabalho do Jars of Clay se importam com o bem estar e sentimento de que são benvindos, pela primeira vez, em nosso país, para retornar nos próximos anos.

Sugiro que aqueles que usam Twitter, passem a utilizar a hashtag #jarsofbrazil, de forma que a publicidade deles e até eles mesmo, possam perceber como estamos trabalhando e empolgados para que os shows sejam um sucesso.

Alguns fãs da banda, que podem lhe ajudar com a divulgação e que estarão nos shows são:

Em São Paulo:

Cah @pimpolhacah
Joyce @JhoyRodrigues
Zee @zee_giesbrecht
Dani @DaniiiLopess
Ricardo
@sh4jesusfreak
André @andreschimidt

No Sul

Jeff @jefbernardino
Driko @tcheadriano
Matheus @matheuspaulo
[dono da comunidade Jars of Clay Brasil no Orkut]
Sammy @sammysantino

No Nordeste

Paulo @pcfranca
Manu @manusinia

Em Brasília

Rafa @jarsgirl_r
Luh @jarsgirl21

Em Belo Horizonte

Juca @jucaofclay
Jenny @jennydeoliveira
Wendell
@wendell_reis

Para ajudar na promoção, fiz uma Biografia geral da trajetória da banda, como segue.

Estou à disposição de todos para ajudar no que for preciso.

Jars of Clay

A banda Jars of Clay começou no Greenville College em Greenville, IL quando quatro jovens se encontraram e descobriram a amizade através da música. Eles se especializaram em "Música Contemporânea", um departamento até então recente no colégio. Charlie Lowell, Dan Haseltine e Matt Bronleewe estudaram lá em 1992 e tocaram em várias bandas e produziam seus próprios projetos em estúdio.

Quando Stephen Mason apareceu na cena em Setembro de 1993 e possuía interesses similares por música, eles decidiram escrever uma música juntos, "só por diversão". Dan chegou a conhecer o Stephen porque ele estava vestindo uma camisa escrita "Toad the Wet Sprocket", uma banda que ambos admiravam por seu som incomparável. A banda escreveu e gravou uma música chamada "Fade to Grey", a qual incluía amostras de bateria, uma canção que com uma levada techno. Era apenas um projeto de estúdio, apenas para reconhecimento numa aula de gravação. Seus amigos gostaram da música e então eles a tocaram no fim de Outubro, num Café no colégio chamado "Underground Cafe", o que eles fizeram para arrecadar dinheiro para casas de desabrigados e para grupos de assistência a prisões. O "Underground" era o dormitório onde a maioria dos formandos de música habitavam. A banda continuou a fazer aulas e quando eles arrumaram um tempo, decidiram tocar "Little Drummer Boy" no Underground Cafe no dia 7 de Dezembro, visto que estava próximo da temporada de Natal. Uma versão estranha e modificada de "Rudolph the Red-Nosed Reindeer" também havia sido tocada naquela noite, com a melodia de "Smells Like Teen Spirit" do Nirvana.

Logo após as férias de Natal, os quatro decidiram que gostariam de escrever mais músicas para colocarem em seu repertório ao vivo e satisfazer às exigências de suas aulas de gravação de estúdio, mas acharam que seria apropriado dar um nome a estas colaborações. Charlie lembrou-se de um versículo, que falava sobre a fragilidade do homem e como o sopro de vida estava em nossos corpos físicos. Esta passagem incluía a frase "Jars of Clay". A banda achou que seria uma boa maneira para manterem-se humildes.

Nisso, em Janeiro de 1994, nasceu a banda Jars of Clay. "Love Song for a Savior", uma música pop e cativante, ficou bastante popular entre os colegas. Na escola, Dan havia lido um livro chamado "Death by Child Abuse" de Ursula Sunshine. O livro detalhava a luta pela sobrevivência de uma garotinha que havia sido abusada e morta por um membro da família. Isto tocou seu coração e a banda quis escrever não sobre os fatos deprimentes pelos quais ela passou, mas sobre a esperança que temos, apesar dos problemas que o mundo tem.

Eles escreveram "He" em Março e então a gravaram. Depois disso, eles fizeram um pequeno show na Tower Grove Christian School em St. Louis no dia 18 de Março e agendaram um show em Trenton, IL para o dia 23 de Março. Além disso, fizeram um show na cidade natal de Steve e dois shows em Six Flags num festival de música. As aulas continuaram e a banda lutava por um tempo para escreverem juntos. Charlie leu uma matéria sobre um concurso de talentos, o qual ele pensou que seria legal participar - e não tinha nenhuma idéia de que seriam escolhidos para tocarem ao vivo meses depois, em Nashville para gravadoras. Dez bandas finalistas foram escolhidas de todos os Cds demo enviados e a banda Jars of Clay foi escolhida para ser uma delas.

Em 27 de Abril de 1994, Jars of Clay tocou no festival no 328 Performance Hall em Nashville, TN. Esta apresentação foi o teste final do concurso de melhor nova banda na categoria. O Jars passou no teste e conseguiu o grande prêmio. Eles tocaram "Fade to Grey" e "Like a Child", acompanhado de gestos e usando bicos de bebê em suas bocas e foram muito bem recebidos pelas gravadoras que estavam presente. Além disso, em Abril, a banda decidiu terminar o CD demo que recebeu o título de Frail. Eles fizeram 1.000 cópias para amigos e membros de família compararem e tiveram uma pequena festa de lançamento na escola. As cópias se esgotaram rápido e em Junho, eles fizeram mais 500 para gravadoras e para aqueles que não conseguiram obter uma cópia na primeira vez.

A banda então decidiu que eles deveriam correr pela avenida da música e se mudaram para Nashville, deixando pendente seu curso na faculdade. Matt Bronleewe decidiu continuar seus estudos naquele momento e ia se casar, portanto decidiu não se mudar para Nashville com a banda. Visto que o som da banda incluía um dueto de violões acústicos, foi necessário encontrar um novo membro para preencher o espaço e o melhor amigo de Charlie decidiu, após muito debate, unir-se à banda e mudar-se para Nashville, em Agosto. Matt Odmark foi professor de Inglês, da Universidade de Rochester, mas gostava de tocar violão em pequenos cafés. Sua adaptação dentro da banda foi difícil, devido a sua falta de envolvimento na indústria da música, mas em Agosto, os membros estavam bastante confortáveis juntos, enquanto viviam em quarteirões próximos, num apartamento pequeno de dois quartos em Antioch, TN. Eles também conseguiram empregos naquele período, em lugares como pizzarias, lojas de shoppings e depósitos de livro, enquanto aguardavam o contrato e ficavam a imaginar se eles realmente um dia poderiam assinar com uma gravadora. Eles promoviam seu CD demo e encontraram-se com muitas gravadoras durante o verão, negociaram os contratos em potencial com um advogado, durante o outono e finalmente no inverno, assinaram com a Essential Records, uma divisão da Brentwood Music (hoje chamada de Provident Records).

Este foi um passo inesperado para a banda, visto que a Essential era a menor gravadora com quem eles fizeram entrevista. Além disso, a Essential possuía poder sólido de apoio da maior gravadora, que era a Brentwood Music, que a comprou e utilizou outro distribuidor, a Silvertone Records de Zomba/Jive, para atingir uma público maior.

Uma médica da Essential, que era uma boa amigos deles, era sobrinha do guitarrista e engenhoso compositor Adrian Belew. Ele entregou o CD demo Frail a ele, que ficou muito impressionado e decidiu produzir algumas canções para o álbum. Sua colaborações anteriores com Laurie Anderson, The Talking Heads, Nine Inch Nails, David Bowie, Frank Zappa e envolvimento durante um longo tempo com King Crimson, sem mencionar diversos álbuns solo, fez dele um dos principais candidatos a produtor. Eles decidiram que ele produziria "Flood" e "Liquid", as canções mais alternativas e auto-produziram as demais músicas do CD, por causa da falta de dinheiro. Muitos músicos de estúdio vieram para preencherem os espaços e Ron Huff fez ótimos arranjos de corda para ornamentar as músicas e dar a eles sua qualidade orquestral incomparável. O primeiro single do álbum de estréia foi "Flood" que ficou como o no. 1 das paradas por um longo tempo. A banda recebeu elogios da alta crítica em diversas revistas e outras fontes, devidos às harmonias exclusivas e instrumentação no CD e também por sua honestidade extrema e letras relacionais, que discutiam situações reais da vida, que nos coloca em difíceis desafios.

Enquanto isso, mais rádios perceberam a popularidade da música e algumas começaram a tocá-la. Foi então que a Essential Records decidiu usar o selo coligado Silvertone, para promover o álbum e enviou CDs singles para as diversas rádios.

Muitas das estações de rádio amaram o single e começaram a tocar regularmente, pois os telefones tocavam constantemente com ouvintes curiosos, perguntando de quem era a música. Jars of Clay havia tocado então em alguns festivais no verão de 1995 e decidiram assinar novamente para abrirem shows do PFR e Brent Bourgeois.

1996 foi o ano de intenso sucesso para a banda. "Flood" chegou à posição #1 em diversas rádios seculares, devido a sua popularidade no noroeste dos EUA, onde muitas bandas alternativas eram populares e o álbum permaneceu no top 60 por quase o ano todo, também permaneceu no Top 200 da Billboard por um período completo de 52 semanas. O CD virou disco de ouro e rapidamente atingiu o status de disco de platina. O álbum de estréia vendeu até então, aproximadamente 2.000.000 de cópias.

A banda programou uma turnê inicial bastante profissional em teatros como The Roxy and House of Blues para o outono de 1996. Eles compararam seu próprio equipamento de som e luzes e tiveram com eles Roddy Chiong, um violonista, na turnê, para abrir os shows com uma apresentação de violino clássico e usando cenários como cortinas dobradas, tapetes orientais e castiçais. A banda The Samples abriu os shows nas primeiras semanas e logo foram retirados da turnê, por uma incompatibilidade com o Jars e bem como com seu público. The Gufs foi uma banda de abertura legal para os shows e muitas outras bandas abriram os shows do Jars durante aquele tempo também, incluindo Sarah Masen, Duncan Sheik, Matchbox 20 e Sarah Jahn.

No final de 1996, a banda estava desgastada por causa da turnê e precisavam de material novo para seu próximo trabalho, então começaram a escrever novas músicas para usarem em um novo CD. Eles entrevistaram muitos produtores e decidiram-se por Steve Lipson, que havia produzido para Simple Minds, Prefab Sprout, Annie Lennox e muitos outros. Lipson veio e ajudou a desenvolver o CD nos estúdios Xanadu, fora de Nashville. Depois deste período, eles continuaram a fazer turnês esporadicamente e fizeram viagens ocasionais a Londres, onde Lipson reside, para mixarem o CD em seu estúdio. Este CD foi feito numa parte meio triste da Inglaterra, quando os caras estavam longe de suas esposas - vindo portanto daí os sons e temas ocasionalmente obscuros. Apesar de que a banda estava muito feliz com o CD, Much Afraid não vendeu tantas cópias quanto o primeiro CD (apesar de também ter alcançado disco de platina). Se bem que ele era demasiadamente perfeito com uma super-produção para os ouvidos da maioria dos ouvintes de pop de rádio. Ele teve a quantidade normal de hits e Five Candles & Crazy Times podiam ser ouvidas ocasionalmente em outras rádios. A banda também realizou diversos trabalhos com empresas cinematográficas durante este período e foram convidados a participar da trilha de vários filmes. Entre elas: Hard Rain ("Flood"), Liar Liar ("Five Candles"), Long Kiss Goodnight ("The Chair"), Jack Frost ("Five Candles"), e Prince of Egypt ("Everything in Between"). A era do Much Afraid também trouxe para os caras um Grammy de melhor álbum na categoria e tiveram o privilégio de tocar Fade to Grey com uma orquestra no Dove Awards de 98. Além disso, eles fizeram mais algumas turnês principais: "The Bubblemaker's Dream Tour" (Outono de 97/Primavera de 98) e a turnê "Tour 101: Back to Basics" (Outono de 98/Primavera de 99). Eles agendaram também um show especial no Ryman Auditorium em Nashville com a Nashville String Machine, onde gravaram um CD duplo especial para o fã-clube chamado Stringtown. Isto fez com eles lançassem um fã-clube internacional que tem tido grande sucesso desde então.

Isto nos traz até 1999, quando a banda escreveu talvez seu mais emocionante álbum até o momento: If I Left the Zoo. Salvas as turnês, o processo de composição para o novo CD e seus casamentos, o Jars teve pouquíssimo tempo livre para ajudar outros artistas. A maioria deles apareceu na canção feita com Jonathan Noel, "Hand" e o Charlie tocou alguns acordes em programas de TV com o Sixpence None the Richer.

Joe Porter foi recebido como novo baterista para substituir Scott Savage. Eles continuam grandes amigos e Scott inclusive substituiu Joe em algumas ocasiões.

If I Left the Zoo foi um projeto super empolgante e experimental, gravado com o produtor Dennis Herring (Counting Crows, Innocence Mission, Cracker) em Oxford, MS. O título refere-se ao mundo como um zoológico e o álbum, como a maioria dos trabalhos do Jars, é cheio de metáforas e figuras líricas. O título refere-se ao que potencialmente poderia ser alcançado se deixássemos nossas atuais áreas de conforto. Escrito a partir de um ponto de vista, com que todos podemos nos relacionar.

Seu próximo trabalho, The Eleventh Hour, seria o primeiro cd inteiramente produzido pela banda, desde letras e instrumentações, até a arte de capa. Para muitos, esse cd foi o som mais pop e modesto da banda até então, que veio acompanhado de um dvd, The 11th Live, Jars of Clay in concert. Seguindo essa fase, lançaram o cd duplo ao vivo/acústico, Furthermore, from the Studio and From the stage, que arrecadou novos admiradores e reforçou laços com o público mais apaixonado por seu som folk acústico e performances ao vivo.

Who we are instead manteve a linha acústica do último trabalho, com novas texturas vocais e melódicas, precedendo um trabalho ousado de covers eclesiásticos antigos, chamado Redemption Songs. Naquele período, a banda sentiu que deveriam retornar aos sons pesados de seus primeiros álbums e lançaram o então grandemente admirado Good Monsters, com experimentação progressiva e texturas de brit-pop. Good Monsters selou o final de seu contrato com a Essential Records, quando a banda lançou uma coletânea de melhores hits, The Greatest Hits e ainda foi honrada com um cd duplo de maiores hits de todos os tempos, da coleção Essential, chamada The Essential Jars of Clay.

Já independentes, a banda se lançou em um projeto há muito sonhado, que foi seu cd completo de canções natalinas, Christmas Songs, lançado no final de 2007. Seguido do EP Closer, que já propunha a direção em que o próximo grande cd de estúdio seguiria. Sons pops, reminiscentes dos anos 80, com uso de sintetizadores, demonstrando as mais fortes influências dos membros da banda. O projeto se chamou The Long Fall Back to Earth, que dava continuidade aos temas sobre relacionamentos e comunidade, iniciados em Good Monsters.

Em 2010, para selar os 15 anos de banda, uma coletânea de 4 EPs ao vivo, gravados em estúdio, começou a ser lançada, um a um, sendo o primeiro com músicas do último projeto, The Long Fall Back to Earth, o segundo seria um retorno ao seu primeiro cd, o terceiro de canções Natalinas, lançadas em Dezembro 2010 e o quarto uma coletânea de canções de grande peso e profundidade na carreira da banda, lançado no início de 2011.

Além dos 4 EPs, a banda lançou sua mais nova contribuição com a música, um esforço com inúmeros nomes da cena musical de Nashville, TN, chamado The Shelter, com temas voltados especificamente para a necessidade de se estabalecer comunidades e interdependência entre pessoas. O cd foi lançado em 5 de Outubro de 2010. Desde seu lançamento, a banda esteve em pelo menos 2 grandes turnês para promoção de The Shelter e no momento estão se reunindo para compor canções para o próximo projeto.

Friday, June 10, 2011

FLOOD (revisited)

JUCA: Apesar de eu não ser fã de carteirinha de Flood, gostei da história por trás da música e dos fatos que precederam seu lançamento. São muitas influências em uma única música! Eu me sinto um asno musical, sabendo que a banda que eu mais ouço, conhece praticamente tudo que se lançou de música boa desde muito tempo. Boa leitura.


"Por esta, posso agradecer ao disco “Bloodletting”. Durante o meu segundo-grau e por mais um ano, trabalhei em uma loja de discos chamada Peaches.

Normalmente, eu descrevo aqueles anos como meu primeiro emprego na indústria musical. Há lojas que são (na maior parte do tempo) desabitadas por pessoas que você apelidaria de “mais indie que você”.


Muitas lojas encorajaram uma cultura de esnobismo musical. As pessoas ali são semelhantes aos protagonistas da história de Nick Hornby de 1995, “High Fidelity”.


Eu nunca entendi por completo como a hierarquia funcionava na cabeça de um vendedor de loja.


Parecia que a música se tratava de descobertas. O caminho para tal parecia ter começado em algum lugar qualquer e eu acreditava que qualquer pessoa que fosse um verdadeiro fã de música, teria o prazer de encorajar as pessoas a escavarem um pouco mais e procurar um pouco mais sobre outros artistas, além dos que você talvez tivesse ouvido na rádio.


Mesmo o cara mais esnobe-musical de todos teve que começar com uma introdução oriunda de algo bem mais comum e popular. No entanto, em vez de agir como encorajador, o ar de nojo e julgamento que vinha dos vendedores frequentemente intimidava as pessoas e fazia com saíssem dali e fossem para lojas como Walmart, Strawberry’s ou Peaches mais próximas.


Eu trabalhava em uma loja chamada Peaches. Não sei bem qual era a fascinação com frutas ou o que isso tinha a ver com música, mas havia lojas de música chamadas Strawberry’s e até Coconuts.


Aquele devia ser o emprego mais invejável que um aluno do segundo-grau poderia ter. Eu trabalhei em festas de lançamento de discos do U2, quando lançaram “Achtung Baby” e “Zooropa,” bem como os discos do Gun’s & Roses “Use Your Illusion I” e “II”.


Dei boas vindas ao Blur à cena musical americana, bem como ao Jesus Jones, EMF e KLF. Vivenciei os anos dourados do hip-hop e a controvérsia do Milli Vanilli e as mudança de cultura do Nirvana. Eu acabei ganhando um diploma em música.


A loja onde eu trabalhei não era uma pequena loja de música independente. Eu trabalhava com alguns esnobes musicais, mas eles foram forçados a se adaptar com um tipo diferente de cultura. A cultura de nossa loja tinha a ver com aprendizado.


Nós éramos aqueles a quem as pessoas se dirigiam e com quem elas falavam, se quisessem encontraram uma música.


A troca era mais ou menos assim: Cliente:Ouvi uma música no rádio, acho que era de uma cantora, mas podia ser um cara também com uma voz mais aguda… o refrão era algo sobre o amor e a música era rápida… mas não muito rápida. Eu acho que ela tinha um solo de guitarra… Você pode me ajudar a encontrar essa música?” Então ficávamos conhecidos por conhecer exatamente AQUELA música.


Consultávamos desde Djs de rádios a donos de clubes. Usávamos guias de catálogos da editora Penguins, ou 0800 dos distribuidores de discos. Aprendi muito sobre o cenário dos clubes e tive acesso a muitas músicas que ninguém nunca tinha ouvido antes.


O gerente da loja fazia um rodízio com seus funcionários de um gênero a outro, de forma que pudéssemos ter conhecimento de todos os gêneros musicais.


Sabíamos quais músicas tocavam mais, quais eram as lendas de cada gênero e quais eram os inovadores. Ouvimos muita música. Tínhamos para-casa. Foi durante a minha vez no gênero “Rock & Pop” que conheci Concrete Blonde.


Havia uma música que no começo chamou a minha atenção, por causa de sua letra audaciosa sobre o tempo de Deus na terra. O nome da música era “Tomorrow Wendy”. Era assombrosa. Eu a interpretei como sendo algo sobre AIDS. O disco se chamava “Bloodletting.” Era brilhante. Ouvi demais aquelas músicas durante o tempo que tive antes de para o Greenville College.


Avançando ...


É difícil prever quais músicas farão parte das influências do som do Jars of Clay. É um dos maravilhosos mistérios com que nos acostumamos. Normalmente, há épocas em que alguém na banda faz menção de alguma música obscura em torno da qual circulamos ou nos inspiramos em uma de suas sequências de acordes.


Stephen e eu estávamos assentados debaixo de uma árvore, evocando uma música sobre chuva e lama. Eu não sei qual foi a inspiração específica para a letra da música, visto que a motivação primeira para escrevê-la teve mais a ver com a dinâmica musical. Eu queria capturar parte da dinâmica crua do disco do Concrete Blonde, que eu amava. Na época em que éramos alunos, tivemos a oportunidade de tocar Flood pela primeira vez em um bar em St. Louis. O dono do bar já tinha ouvido a gente tocar antes e gentilmente nos ofereceu a oportunidade de abrirmos para uma banda bem desconhecida chamada Sixpence None the Richer. Eu me lembro que as pessoas amaram a música. Eu também me lembro que todos os arranjos que gravamos de amostra estavam altos demais durante a apresentação, mas sem dúvida era o trabalho mais rock 'n roll que já havíamos experimentado com o Jars.


Tentamos muitas texturas diferentes para essa música. Quando finalmente fomos para o estúdio para gravá-la, consideramos a ajuda do Adrian Belew. Ele e o engenheiro que ajudaram nessa música, Noah Evans, compuseram os violões tocados durante a ponte. Sempre amei o que eles criaram no meio da música. Em nossa ignorância de adolescentes, não deixamos o Adrian tocar violão no cd. Eventualmente, ele tocou guitarra. Não há muitas coisas no primeiro cd que eu gostaria de poder mudar. Porém, o fato de de eu ter cantado “drownding” em vez de “drowning” em um dos vocais e que isso nunca foi consertado, sempre me incomoda. Eu penso nisso sempre que tocamos Flood ao vivo.


Todos nós éramos fãs de música progressiva, portanto não era de se surpreender que a banda “YES” havia lançado uma música chamada “Lift Me Up”. Ela estava em um disco chamado Union. Aquele era um disco que a maioria dos fãs da banda diriam que foi o ponto baixo de sua carreira musical. No entanto, as harmonias naquela música em particular sugeriam a maneira como cantamos a nossa música.


Ainda tivemos inspiração rítmica de uma música do Indigo Girls: “Least Complicated”. Na verdade, invertemos uma parte de congas dessa música e a repetimos em algumas das versões demo originais da música.


Este é outro exemplo de músicas em que a letra final fora escrita enquanto estava sendo gravada. Às vezes, é bom antever o ato do chute, analisando uma letra apenas por cima.


Sempre achei que essa música era especial em sua maneira de reter tantas influências musicais dentro de seus acordes e texturas. Mesmo assim, ela encontrou meios de comunicar algo universal sobre desejo e necessidade.


Quando a gravadora escolheu essa música como o primeiro single a ser lançado para as rádios, ficamos revoltados, pois ela não era tão representativa do restante do disco. Pensamos ter sido uma escolha ruim. Essa foi a única vez que nos equivocamos em toda a nossa carreira.


Beleza… talvez tenhamos cometido alguns outros erros ;)"


Ler este texto em inglês no blog do Dan, bem como os demais textos já postados.