Tuesday, March 18, 2014

Livro "Manancial Poético" - Margareth Rafael



Na última sexta-feira (14), aconteceu na Casa da Cultura de Itambacuri, o pré-lançamento do livro "Manancial Poético", da escritora Margareth das Dores Rafael Moreira Costa.



O Secretário da Cultura fez a abertura do evento, falando da importância deste para a história de Itambacuri e lembrando do lançamento dos livros do grande escritor Sr. Serafim Silva Pereira (in memoriam).



Compor é expor a alma. Seus sentimentos, amores, amizades, sombras, risos. É apontar a época. É transformar os sonhos, os anseios, a beleza em versos. É transmitir a outros a sensibilidade.



A poetisa Margareth Rafael, com seu talento inquestionável, vem compondo poesias que todos deveríamos ter a satisfação de ler e passar aos filhos e amigos. Ela conta os momentos da vida, anuncia o belo, as quedas e lutas, as vitórias, o amor, a ciranda, o colar, a cotovia, a música, entre outros.



"Manancial Poético" é um livro em que a poetisa descreve o que é "estar em meio à multidão", "o encanto do pôr do sol", "o pé de manga", "mais uma história de amor", "quando a mulher se sente só", além de outros leves e lindos poemas.



Durante a programação, a também poetisa Fátima Kalil fez uma homenagem à autora, lendo a poesia "Minha Alma Autista".



Minha Alma Autista
Sinto o mundo girar a minha volta
Sinto o renascer da natureza
O frescor da brisa que me acaricia
O cheiro do mar que me contagia
O balançar das folhas nas árvores
Que cantam a primavera
As flores silvestres que saúdam o amanhecer
No bosque.... na quimera da vida
Vejo o brilhar das estrelas
Que resplandecem no céu noturno.
Vejo de longe os anéis de saturno
Ouço o bater das asas dos pássaros em retirada
Ouço a sinfonia dos cantores que louvam
Em sintonia
Num coral de anjos artistas
Vejo o reflexo da minha triste alma
Que se encontra no momento... Autista.



Além disso, a eterna professora Da. Bezinha prestou uma homenagem a nossa autora, com uma brilhante explanação sobre o que é escrever, o que é ser poeta, o momento de inspiração de quem escreve. Foi emocionante!



Margareth falou da emoção de lançar seu terceiro livro. Os dois primeiros são "Folhas de Outono" e "Poesias com sabor de mar". Ela agradeceu a presença de todos e ao final serviu um coquetel.



Parabéns Margareth por colocar a vida em versos e nos presentear com tantas belas composições.



Fonte: Blog "Itambacuri em Foco"



Tuesday, January 21, 2014

Perdoe me



"Perdoe me"




Tentei entender todos os mistérios do amor

fiz confissões sob pura ameaça

Pensei que nada tivesse sentido



Tão distante quanto os olhos poderiam ver

tão profundo quanto o coração poderia ser

tamanha é a impossibilidade de que você me perdoaria

me perdoaria



Desperdicei mais um ano, esperando pelas palavras certas

esperando que tudo ficasse mais claro

e agora receio tanto, se eu encontrasse as palavras para dizer

Afinal de contas, eu te perdi?



Para cada cidade há alguém que clama

como em cada encenação há um ladrão

e quando penso nos erros que eu cometi

{vejo} todas as minhas transgressões como n'um desfile



Tão distante quanto os olhos poderiam ver

tão profundo quanto o coração poderia ser

tamanha é a impossibilidade de que você me perdoaria

me perdoaria



Desperdicei mais um ano, esperando pelas palavras

esperando que algo ficasse mais claro

e agora receio tanto, se eu encontrasse as palavras certas para dizer

Afinal de contas, eu te perdi?



Pois encontrei as palavras certas para dizer

tenho pensado nelas durante dias

e agora eu imploro que fique


"Esta música veio no final do processo de escrever para este cd e quando comecei a escrevê-la, ela se tratava de outra pessoa. De repente, ela começou a ser sobre mim mesmo. Ao longo do processo deste cd (sobre relacionamentos) comecei a pensar, "Com certeza, eu poderia aprender a pedir perdão de uma forma melhor e sempre fico surpreso quando o perdão é oferecido." Dan Haseltine


Eu estava com dúvidas sobre o que o Dan havia escrito em alguns versos da letra e perguntei à Jenny se ela entendia sobre corais. Eu não entendia o que um "ladrão" tinha a ver com um "coral".

Li um pouco sobre o "ladrão bom" crucificado com Cristo (um insurgente contra o governo romano). Ele reconheceu suas transgressões e elas foram perdoadas ali mesmo, pendurado em uma cruz num monte. (Lucas 23:32-43).

Li ainda que, nas encenações (modelo ocidental) da Paixão de Cristo, o papel dos ladrões é sempre muito difícil, pois ficam expostos e pendurados numa cruz cênica, por um bom tempo. Por menor que seja a participação do ladrão perdoado, não tem como tirar o personagem da encenação, pois ele tem um valor ilustrativo de perdão (e aceitação) muito forte. Ele mal havia se relacionado com Cristo, mas os momentos ao lado dele foram o bastante para que ele se arrependesse de seus erros e estivesse pronto, contrito, rendido, para ser perdoado.

Na letra, o Dan refletiu sobre uma maneira melhor de se pedir perdão e disse que fica surpreso sempre que o perdão é oferecido. O ato de perdoar sempre se sobrepõe ao pedido de perdão, não importa a maneira como você se retrata por algo que tenha feito, que tenha ferido alguém. Somos surpreendidos sempre.