A caminhada Take the Walk, em Belo Horizonte, no último dia 10 de janeiro, superou as expectativas de todos.
Foram 111 assinaturas de pessoas de várias regiões do país e de fora do país. Tivemos adeptos de Brasília, São Paulo, Interior de Minas Gerais, EUA, Holanda e Suíça, além dos caminhantes de Belo Horizonte e redondezas.
O evento estava agendado para as 10h da manhã de domingo. O clima estava de nosso lado. Houve previsões de chuvas naquele dia, mas o dia foi ensolarado e de céu aberto, com poucas nuvens.
Às 10h, muitas pessoas já estavam por lá. Aguardamos alguns minutos, por mais pessoas que estavam para chegar, o que despertou nos outros visitantes do parque, curiosidade sobre o que estava para acontecer. Muitas pessoas ouviram falar sobre o Take the Walk e Blood:Water Mission, minutos antes da caminhada e vários aderiram.
O resultado supreendente foi fruto do empenho de uma equipe dedicada aos projetos e à caminhada. Para alguns, essa foi a primeira experiência em favor de água limpa e medicamentos na África e para outros, foi mais uma recompensa e a confirmação do quanto vale a pena se esforçar por nossos ideais, em favor de nossos amigos.
Com o número crescente de pessoas que chegavam ao local, decidimos iniciar, explicando um pouco sobre o funcionamento do Take the Walk e com um breve esclarecimento sobre o Blood:Water Mission, alvo de nossa caminhada.
O projeto "Take the Walk" (TTW) visa proporcionar soluções simples e tangíveis, para que mais pessoas possam tomar uma atitude individual, na luta contra a epidemia de AIDS e pobreza na África.
O diferencial acontece quando o primeiro passo é dado, quando pessoas decidem sair de um estado inerte de conscientização somente, para uma tomada real de atitude. Cada passo representa uma ação, em direção a um percurso completo.
Em nome de cada pessoa que caminhou, 1$ será doado à causa escolhida e um dos projetos apoiados pelo TTW é o "Blood:Water Mission" (BWM), uma organização sem fins lucrativos que capacita comunidades a trabalharem juntos, contra a AIDS e crise de falta de água limpa na África.
O principal objetivo do projeto é criar comunidades saudáveis, por meio de ações sociais criativas.
Seus principais valores são:
•Comunidade
•Responsabilidade
•Integridade
•Dignidade
•Didática
Desde sua fundação, o BWM já construiu 3 clínicas, ajudou a fazer com que 17.580 pessoas fizessem o teste HIV e já atendeu a 22.076 casos, em diversas comunidades africanas. Isso constitui a face "blood" (sangue) do projeto.
No aspecto "água limpa", 859 projetos foram realizados, 570.000 foram atendidas, em um total de 11 países, ao longo do continente Africano, entre eles República Africana Central, Quênia, Uganda, Etiópia, Zâmbia e Ruanda.
Boa parte dos caminhantes foi de fãs de pelo menos uma das bandas que ataviam este encontro, que teve sua segunda edição realizada no Mangabeiras, são elas: Hanson, que está à frente do TTW; Jars of Clay, fundadores do BWM e Sixpence, que apóia o BWM e são amigos do Jars of Clay. Porém, naquele dia houve apenas um foco, por parte de fãs e não fãs, que entenderam o chamado ao envolvimento pessoal com a crise de AIDS na África.
É comum nas caminhadas do TTW, que as pessoas caminhem descalças, como uma forma de ilustrar e se conectar com os africanos que nem mesmo gozam do conforto proporcionado por um par de sapatos. Várias pessoas tiraram seus sapatos e caminharam descalças pelas ladeiras de pedras do Circuito da Mata do Mangabeiras, até o Mirante, onde encerramos, com brados de “I took the walk”, em vários idiomas e sotaques.
O TTW doará 1$ em nome de cada pessoa que caminhou. Explicamos como esse valor se encaixa na equação em que $1 representa o fornecimento de água limpa a um Africano, por um ano.
1$ = 1 Africano com Água Limpa por 1 ano.
A caminhada de Belo Horizonte também serviu sua comunidade local, ao sugerir que cada caminhante trouxesse consigo 1kg de alimento não-perecível, ou 1l de leite longa-vida, para doarmos a uma instituição local. A resposta foi novamente supreendente, pois as doações também superaram a expectativa. Contamos com a presença de representantes da JOCUM, contemplada pela caminhada, além de adolescentes amparados pela Casa Restauração JOCUM.
Novamente, a Take the Walk BH foi um exemplo de engajamento individual de voluntários com a justiça social, desenvolvimento da percepção mundial e ações solícitas. Pessoas que apesar de não conhecerem de perto as comunidades atendidas, procuram manter um relacionamento com elas, pelo qual também se sentem transformados.
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